Na fronteira Brasil-Uruguai

       Ovelheiros de Santa Vitória do Palmar/ RS.


Um ótimo vídeo mostrando aspectos da raça: http://www.youtube.com/watch?v=oFB7MYZyZPg






A região da campanha gaúcha é o cenário principal onde surgiu e se desenvolveu a raça Ovelheiro Gaúcho. Nas intermináveis campinas a pecuária predominava no período de formação histórica da região. E desde o período colonial, onde Portugal e Espanha duelavam pelo controle da região, o gado se espalhava, ou de forma organizada, ou de forma espontânea. E foi neste contexto de fixação humana no território, e na busca do controle das fronteiras é que surgiram características culturais distintas. Entre as quais, a criação de ovinos teve grande destaque, e com as ovelhas vieram os cães ingleses, que misturados aos cães trazidos por espanhóis e portugueses, é que acabaram dando origem ao processo de miscigenação que desembocou na raça Ovelheiro Gaúcho.
Ainda hoje, traços culturais desta cultura peculiar são mantidos.











Ovelheiro Gaúcho - Aspectos Gerais

O Ovelheiro Gaúcho foi desenvolvido no Rio Grande do Sul pela necessidade do peão gaúcho de ter um cão que o ajudasse no árduo trabalho nas fazendas da região. É um cão diretamente ligado ao trabalho do campo, com a missão de acompanhar o peão em suas lides rurais, desempenhando a função de conduzir o gado, buscando-o no campo e levando-o a bretes e piquetes.
O Ovelheiro Gaúcho é um cão alegre, inteligente, muito protetor e que adora agradar seu dono. Ele é de fácil adaptação, resistente, ágil e aprende os comandos com grande facilidade, sem ser agressivo com o rebanho. É dócil e amigável com as pessoas do seu convívio.

A tendência ao menor tamanho do ovelheiro

Percebe-se nas fazendas do interior do estado do RS, que a quantidade de exemplares do ovelheiro clássico está diminuindo. Em contrapartida, isso não quer dizer que a quantidade de ovelheiros está diminuindo. Está sim, diminuindo, aqueles exemplares com características que se aproximavam mais ao padrão Collie. Hoje, por sua vez (principalmente a partir da década de 1990), aumentou muito a utilização de exemplares Border nas fazendas, o que proporcionou um maior número de acasalamentos espontâneos ou planejados de exemplares de ovelheiros que existiam nestas propriedades, com exemplares introduzidos da raça Border. Então, características como uma pelagem mais longa (clássica no Collie), está cedendo espaço para uma pelagem mais curta (característica do Border). Da mesma forma, outras tantas características fisionômicas, estão também mudando. Isso prova que, as raças também tendem a determinadas mudanças e adaptações às mais variadas realidades nas quais se inserem dentro do contexto de suas épocas e lugares.

Um parente próximo do Ovelheiro Gaúcho

A genética do Ovelheiro Gaúcho foi forjada nos últimos séculos na região sul do Brasil, bem como, nas terras próximas ao Prata. Contudo, mais ao sul, nas zonas do rígido frio do sul da Argentina, com a extensão da fronteira do Chile, desenvolveu-se também um parente próximo ao nosso Ovelheiro, chamado naquela região de Ovejero Magallánico, como pode ser visto no seguinte blog: http://globotek26.blogspot.com/2008/05/el-perro-ovejero-magallnico.html 

Dois grandes exemplares do pampa: Dourado e Ziggy




Os imigrantes europeus e a formação da raça

Imigrantes europeus, criadores de ovelhas, chegaram à região sul, no final do século XIX e trouxeram consigo cães da raça Collie para ajudá-los no trabalho de pastoreio nas novas terras. Esses Collies foram sendo cruzados naturalmente com os cães nativos, já mais habituados à região, dando origem a cães mestiços mais rústicos e mais resistentes às condições locais. Com a importação na década de 1950 de "Merinos" (raça de carneiros da Austrália), chegaram também cães Border Collie, que foram sendo cruzados com esses mestiços de Collie já existentes.

A desvalorização no preço da lã fez com que muitos criadores trocassem seu rebanho de ovelhas por gado, o que fez com que alguns criadores preferissem cães um pouco maiores, com uma maior porcentagem de Collie, já que esses são maiores que os Border Collies e, por conseguinte mais adequados para trabalhar com bois que são maiores e mais pesados que os carneiros.

O ovelheiro nas fazendas do Rio Grande do Sul

Esse cão, muito usado em fazendas do Rio Grande do Sul, foi desenvolvido para lida com bovinos, ovinos e equinos. Pelo fim do século XIX aventureiros espanhóis e portugueses chegaram no estado, trazendo consigo animais da raça Collie, para ajuda no manejo dos outros animais. As terras ja haviam grandes manadas de cavalos, que sobreviveram no naufrágio de 1512, e os campos ja eram propícios para a agropecuária, fazendo com que cada vez mais a base da economia local se tornasse agrária.
Começaram assim, a surgir criações de ovinos e bovinos, e para ajudar os homens no campo, os cães provenientes daqueles Collies, trazidos pelos imigrantes, foram sendo selecionados pela agilidade, companheirismo e resistência. Na década de 1950, para aperfeiçoamento de uma raça, foram trazidos Border Collies, que assim cruzaram com os cães mestiços de Collies existentes no local.
Foi assim que começou uma seleção praticamente natural, de uma raça adaptada para a vida no campo, sendo resistente nos dias mais frios, aguentando andar quilômetros por dia; ajudando, com a sua agilidade, os peões no campo e além de tudo conquistando cada vez mais as pessoas, com sua simpatia e docilidade.

Aparência e temperamento

Morfologicamente são parecidos com o híbrido de Collie com o Border Collie. Seu tamanho e estatura são medianos. A pelagem não é muito longa. Não é um cão agressivo, mas é muito bom para cão de alarme, pois late com qualquer ruído estranho, apesar de dificilmente atacar o invasor. É inteligente, e se adapta fácil para entender aos comandos, não sendo agressivo com o rebanho. Com as pessoas com quem convive é dócil e amigável.

Reconhecimento por entidades nacionais e internacionais

O Ovelheiro Gaúcho é uma raça originária dos pampas gaúchos, no Brasil. Não é reconhecida pela FCI (Federação Cinológica Internacional), sendo apenas padronizada pela CBKC. Ele é muito resistente e ágil, fazendo-o um cão ideal para as atividades que exerce.O Ovelheiro foi e ainda é grandemente utilizado para o pastoreio de ovelhas e de outros rebanhos, e para o trabalho no campo gaúcho, atividades tradicionais nessa região do país.

Origem e história

O Ovelheiro Gaúcho foi desenvolvido no Rio Grande do Sul sem qualquer planejamento, ao acaso, pela necessidade do peão gaúcho de ter um cão que o ajudasse no árduo trabalho nas fazendas da região. O cão precisa estar adequado ao difícil estilo de vida desses trabalhadores, vivendo em condições precárias, comendo sobras da comida do peão, misturada com sabugo de milho.

Imigrantes europeus, criadores de ovelhas, chegaram à região sul, no final do século XIX e trouxeram consigo cães da raça Collie para ajudá-los no trabalho de pastoreio nas novas terras. Esses Collies foram sendo cruzados naturalmente com os cães nativos, já mais habituados à região, dando origem a cães mestiços mais rústicos e mais resistentes às condições locais. Com a importação na década de 1950 de "Merinos" (raça de carneiros da Austrália), chegaram também cães Border Collie, que foram sendo cruzados com esses mestiços de Collie já existentes.

A desvalorização no preço da lã fez com que muitos criadores trocassem seu rebanho de ovelhas por gado, o que fez com que alguns criadores preferissem cães um pouco maiores, com uma maior porcentagem de Collie, já que esses são maiores que os Border Collies e, por conseguinte mais adequados para trabalhar com bois que são maiores e mais pesados que os carneiros.


Um cão eficiente para o pastoreio

O Ovelheiro Gaúcho é um excelente cão de pastoreio, de porte médio e temperamento dócil. Está acostumado a viver ao ar livre. Ele faz todo o serviço da apartação, de condução e de aglutinação do rebanho. É corajoso, alegre e inteligente.

Bastante rústica, esta raça está sempre disposto a agradar e a proteger o seu dono. É resistente, ágil e aprende os comando com facilidade sem ser agressivo com o rebanho. É dócil e amigável com as pessoas do seu convívio.

O seu pêlo é macio e todas as cores são aceitas. A sua altura varia de 50 a 65 cm. Necessita de exercícios diários durante, pelo menos, uma hora.